Por dentro do caleidoscópio: história e memória político-cultural em Manhã cinzenta, de Olney São Paulo
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Palavras-chave

cinema
história
memória cultural
Manhã cinzenta
Olney São Paulo

Como Citar

PIRES, A. C. de A.; TANUS, G.; SCHETTINI, F. Por dentro do caleidoscópio: história e memória político-cultural em Manhã cinzenta, de Olney São Paulo. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 27, p. 104–122, 2018. DOI: 10.24261/2183-816x0627. Disponível em: https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/482. Acesso em: 7 out. 2024.

Resumo

Neste tempo presente, não há como dissociar arte e política, que se realizam nos mesmos pontos dos textos: na forma ou no conteúdo, ou em ambos. Manhã cinzenta (1969), média-metragem do cineasta baiano Olney São Paulo, é significativo em relação aos engajamentos artísticos e políticos, sendo um dos mais importantes filmes da resistência contra a ditadura civil-militar de 1964, por realizar uma leitura e interpretação do contexto histórico no momento de seu acontecimento, sendo também uma espécie de metáfora da vida do próprio cineasta, afigurando-se como uma ferida em seu corpo estilhaçado pela tortura. Embasamos nossa leitura e análise nos pressupostos teóricos de Marc Ferro (1971; 1992) e de Robert Rosenstone (2010) de que os filmes e os arquivos fílmicos podem suprir a ausência dos documentos oficiais tradicionais, dos quais a história lança mão para construir seu discurso, sendo, portanto, em sentido derridiano, suplementares para a construção historiográfica, podendo ser fontes para a compreensão de contextos e de acontecimentos históricos.

https://doi.org/10.24261/2183-816x0627
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