Resumo
"Tudo é autobiografia", escreveu certo dia José Saramago. Tendo em vista o complexo edifício teórico que Saramago construiu para sua própria obra, buscamos compreender qual seria a contribuição daquele exercício memorialístico dentro de um conjunto ficcional já considerado e defendido pelo autor como expressão de si mesmo. Amparado por Gaston Bachelard, Philippe Lejeune, Georges Gusdorf e Paul de Man no que se refere à memória, à infância e à escrita autobiográfica, este artigo realiza uma leitura de As pequenas memórias como o "tempo de germinação" dos temas, enredos e personagens que se tornariam marca da ficção produzida pelo autor.
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