Magra de ruim: gênero, sexualidade e a ficcionalização de si
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Palavras-chave

narrativas gráficas
autobiografia
gênero
sexualidade
feminismo

Como Citar

PAIM, M. S. Magra de ruim: gênero, sexualidade e a ficcionalização de si. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 31, p. 86–98, 2020. DOI: 10.24261/2183-816x0531. Disponível em: https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/637. Acesso em: 15 jan. 2025.

Resumo

O objetivo do presente trabalho é analisar as representações de gênero e sexualidade presentes na publicação Magra de ruim de autoria de Sirlanney Nogueira, editada em formato impresso em 2014. O volume reúne boa parte de sua obra enquanto roteirista/ilustradora que fora publicada inicialmente em meio virtual e em diferentes zines entre os anos de 2012 e 2014. Magra de ruim foge a classificações mais sistemáticas a partir das quais se convencionou agrupar as narrativas gráficas, e lança mão através de diferentes técnicas e procedimentos, de uma narrativa que perpassa em múltiplas questões, como aquelas em torno do corpo, desejo, prazer, solidão, família, autonomia feminina e dos relacionamentos afetivos/sexuais. Nessas narrativas podemos ainda destacar o empreendimento de um discurso que pode ser localizado no bojo do feminismo e que, além de fissurar muitos dos constructos sociais pelos quais se tenta apreender as vivências femininas, aponta para as constantes reelaborações de si, a partir de uma in-scrita de traços e relatos biográficos.

https://doi.org/10.24261/2183-816x0531
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