Leitura e literatura nas redes: seis casos sobre criar, existir e resistir
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Palavras-chave

literatura
gênero
redes sociais
escritoras

Como Citar

RIBEIRO, A. E. Leitura e literatura nas redes: seis casos sobre criar, existir e resistir. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 32, p. 97–111, 2021. DOI: 10.24261/2183-816x0732. Disponível em: https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/672. Acesso em: 21 jan. 2025.

Resumo

Neste trabalho, partimos das noções de redes sociais e de conversações em rede, com Manuel Castells e Raquel Recuero, para mostrar seis casos de projetos ou de ocorrências relacionadas à potência das conversações na web, em especial no campo da literatura contemporânea. Quatro desses casos relacionam-se a escritoras que se apropriam dos meios digitais para criar, existir e resistir, alcançando relativo sucesso em seus objetivos de combater a invisibilização e o apagamento de vozes e autorias femininas. As três categorias (criar, existir e resistir) são aqui empregadas como pilares da leitura sobre as ações desses seis casos recentes, quais sejam: "Mulheres Emergentes", site da escritora e editora mineira Tânia Diniz; "Mulherio das Letras", coletivo de escritoras de todo o país pelo Facebook; "Leia Mulheres", ação multinacional voltada à leitura de livros escritos por mulheres; "Bondelê", canal da escritora e editora Mariana Mendes no YouTube, cujo objetivo é resenhar e entrevistar escritoras contemporâneas; além dos eventos reativos ocorridos em relação às peças de divulgação de um prêmio literário mineiro e de um evento literário do Instituto Moreira Salles (RJ). Em todos os casos, é possível observar como as conversações potenciadas pelas redes digitais são capazes de desarticular ou, no mínimo, incomodar o que esteve posto, dentro e fora do computador.

https://doi.org/10.24261/2183-816x0732
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