Guimarães Rosa ou o homem intuitivo nietzschiano
Colagem analógica de Gisele Gemmi Chiari
pdf

Palavras-chave

Guimarães Rosa
homem intuitivo
Grande sertão: veredas
Nietzsche

Como Citar

BERETTA, L. Guimarães Rosa ou o homem intuitivo nietzschiano. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 39, p. 169–179, 2023. DOI: 10.24261/2183-816x1139. Disponível em: https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/781. Acesso em: 15 jan. 2025.

Resumo

Considerando a imensa capacidade de criação linguística observada nas obras rosianas e os estudos publicados desde a década de 1950 sobre os aspectos formais do texto, percorri, no presente estudo, alguns neologismos cunhados por Guimarães Rosa (1956) em Grande sertão: veredas à luz do ensaio “Verdade e mentira no sentido extra-moral” (1873), de Nietzsche. Assim, pretendi observar a construção e, sobretudo, a função do universo linguístico erigido no romance. Quero dizer: o que vale a palavra na obra de Guimarães Rosa? Qual é o valor da verdade enquanto conceito? A palavra rosiana confina um valor? E se confina, o que os neologismos pretendem confinar?

https://doi.org/10.24261/2183-816x1139
pdf

Referências

BARBOSA, Maria Aparecida. Língua e discurso: contribuição aos estudos semânticos sintáxicos. São Paulo: Global, 1989.

BARROS, Marilia Gazola Pessôa. Estudo do léxico de João Guimarães Rosa na tradução italiana de Grande Sertão: veredas. 2011. Dissertação (Língua e Literatura Italiana) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

BIZZARRI, Edoardo. João Guimarães Rosa: correspondência com seu tradutor italiano Edoardo Bizzarri. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003.

BRAGA, Paulo. A Linguagem em Nietzsche: as palavras e os pensamentos. Cadernos Nietzsche, São Paulo, n. 14, p. 71-82, 2003.

CANDIDO, Antônio. Tese e antítese. 5. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2006.

LEONEL, Maria Celia de Moraes. Grande sertão: veredas: alguns neologismos semânticos. ALFA: Revista de Linguística, v. 41, p. 79 -89, 1997.

LORENZ, Günter. Diálogo com Guimarães Rosa. In: LORENZ, Günter. Obras completas de João Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p.12-27.

MARINHO, Marcelo. João Guimarães Rosa, “autobiografia irracional” e crítica literária: veredas da oratura. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 47, n. 2, p. 186-193, abr./jun. 2012.

MARINHO, Marcelo. Platão, rosa, o tecelão e seu texto: analogias discursivas entre Crátilo e o Bardo Riobaldo. Scripta, Belo Horizonte, v. 5, n. 10, p. 257-263, 2002.

MARQUEZINE, Fabiana Buitor Carelli. O buriti e a rosa: aspectos da linguagem em Grande sertão: veredas. O Eixo e a Roda, Belo Horizonte, v. 12, p. 225-249, 2006.

MARTINS, Sant’Anna. O léxico em Guimarães Rosa. São Paulo: EDUSP, 2001.

MENDES, MENDES, Eliana Amarante de Mendonça. Tradução dos neologismos de grande sertão: veredas. 1991. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1991.

NIETZSCHE, Friedrich. Sobre verdades e mentiras no sentido extramoral. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 530-543.

PLATÃO. Crátilo: ou sobre a correção dos nomes. Tradução e notas de Celso de Oliveira Vieira. São Paulo: Paulus, 2014.

ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.

ROSA, Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/6029042/mod_resource/content/1/Grande%20Sert%C3%A3o.pdf. Acesso em: 5 ago. 2019.

ROSA, João Guimarães. Cara-de-Bronze. In: ROSA, João Guimarães. Corpo de baile. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.

SAUSSURE, Ferdinand de. Natureza do signo linguístico In: SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 1970. p. 79 - 94.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Laysa Beretta