Resumo
No início do século XX, poucas mulheres tinham acesso à educação e ao espaço público. Marginalizadas, inferiorizadas, vistas muitas vezes como aberração, a história das mulheres é marcada pelo silenciamento e a negação do acesso à leitura e à escrita. Ler é uma ferramenta de construção de identidade, emancipação feminina e libertação individual e social. Propomo-nos a fazer uma reflexão sobre as experiências leitoras da escritora Zélia Gattai presentes em sua obra Anarquistas, graças a Deus (1979). Trata-se de um trabalho bibliográfico-descritivo com base em: Perrot (1992), Priore (2004), Lajolo e Zilberman (2011), entre outros. Em uma sociedade desigual, conservadora e patriarcal, a leitura é uma necessidade básica de primeira ordem às mulheres.
Referências
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 2. ed. Trad. Michel Lahud e Frateschi Viera. São Paulo: Hucitec, 1981.
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LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. A formação da leitura no Brasil. São Paulo: Ática, 2011.
LAJOLO, Marisa. O que é Literatura. São Paulo: Nova Cultural: Brasiliense, 1986.
PERROT, Michelle. Os excluídos da História: operários, mulheres e prisioneiros. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1992.
PRIORE, Mary del. História das mulheres no Brasil. Carla Bassanezi (coord. de textos). 7. ed. – São Paulo: Contexto, 2004.
SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004.