Carta a Filêmon: a teologia da prisão
Veredas 38
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Palavras-chave

discurso constituinte teológico, Carta a Filêmon, prisão, cenografia epistolar, ethos discursivo.

Como Citar

COUTINHO, C.; NASCIMENTO, J. V. Carta a Filêmon: a teologia da prisão. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 38, p. 27–46, 2023. DOI: 10.24261/2183-816x0338. Disponível em: https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/862. Acesso em: 29 nov. 2023.

Resumo

Este artigo tem como tema o estudo do discurso constituinte teológico Carta a Filêmon, escrito por Paulo, durante o período em que esteve na prisão. Para o tratamento desse tema, mobilizamos o aparato teórico-metodológico da Análise de Discurso de linha francesa (AD), com base na perspectiva enunciativo-discursiva proposta por Dominique Maingueneau, em particular, a noção de discursos constituintes. Os discursos constituintes dão sentido aos atos da coletividade, são garantia de vários outros discursos, autorizam-se a si mesmos, fundam e não são fundados e, ao mesmo tempo, são auto e heteroconstituinte. Na carta a Filêmon, o enunciador organiza a sua própria enunciação por meio de uma cenografia epistolar, desenvolvida em um espaço físico-prisional e espiritual e num tempo (primeiro século) associados à figura do coenunciador. Assim, instrumentalizam-se linguisticamente a apresentação de si mesmo, do coenunciador e de princípios cristãos, como a fé, o amor e a liberdade.

https://doi.org/10.24261/2183-816x0338
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