TY - JOUR AU - Graciano, Igor Ximenes PY - 2021/03/01 Y2 - 2024/03/28 TI - Autonomia, pós-autonomia e responsabilidade civil na prosa contemporânea: o caso Ricardo Lísias JF - Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas JA - VER VL - 0 IS - 32 SE - Tema Livre DO - 10.24261/2183-816x0832 UR - https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/673 SP - 112-126 AB - <p>Na modernidade, a arte se constituiu como um campo discursivo autônomo que interfere de maneira indireta na realidade social, da qual se nutre sem nunca se confundir com ela. Por isso a expressão literária normalmente é legitimada como o outro do panfleto, pois quem fala na obra nunca é o autor, assim como o universo da ficção jamais reproduz a realidade social. Contudo, certa prosa contemporânea limítrofe que desafia a noção de autonomia, juntamente com o debate teórico acerca de uma propalada "pós-autonomia" (Ludmer, 2007) ou de um "pacto ambíguo" (Alberca, 2007), têm colocado em questão esse lugar da arte como campo de experimentação à parte da vida dita real, de maneira a se implicar mais diretamente autor e narrador, realidade e ficção, o que parece colocar em outros termos a noção de livre criação e responsabilidade civil sobre a obra. Para a discussão, tomaremos por referência o romance <em>Divórcio</em> (2013) e a narrativa <em>Delegado Tobias</em> (2014), ambos de Ricardo Lísias. Nosso propósito é especular se nesse investimento na ambiguidade há uma nova estratégia discursiva capaz de substituir o paradigma moderno da autonomia ou apenas reiterá-lo.<br><br><br></p> ER -