Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas https://revistaveredas.org/index.php/ver <h2><sub>Veredas: revista da Associação Internacional de Lusitanistas</sub></h2> <div id="content"> <div id="journalDescription"> <p><strong><em>Veredas</em></strong> é uma revista semestral da <a href="https://www.lusitanistasail.org/">Associação Internacional de Lusitanistas</a>. Trata-se de uma publicação científica que tem como objetivo a divulgação de pesquisas sobre a literatura e a cultura dos países de língua portuguesa. </p> </div> </div> Associação Internacional de Lusitanistas — AIL pt-BR Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas 2183-816X <p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <ol> <li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Licença Creative Commons Attribution </a>que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</li> </ol> Apresentação dossiê: Timor-Leste em foco: estudos sobre língua, literatura e cultura https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/955 Regina Pires de Brito Vicente Paulino Benjamin de Araújo e Corte-Real Copyright (c) 2024 Editor Veredas AIL https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-31 2023-12-31 40 5 9 10.24261/2183-816x0040 Análise de uma amostra de nomes próprios portugueses em Timor-Leste: Antroponímia, Património Linguístico e variação linguística https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/922 <p>Em Timor-Leste, no século XXI, os antropónimos – bens linguísticos patrimoniais que passam de geração em geração – revelam a presença da língua portuguesa, usada no território ao longo de séculos, e a sua previsível permanência nas gerações vindouras. É um Património Linguístico do Português no Sudeste asiático, no Oceano Pacífico. Visando a descrição linguística, analisa-se qualitativa e quantitativamente uma amostra deste Património Linguístico português, através de uma listagem de 40 nomes – compostos por justaposição com uma centena de elementos – de estudantes de uma turma de um Curso de Português em SDK Canossiana Balide, no início da Independência. Como se apresentam os nomes dos jovens timorenses? Que variação linguística se regista nos antropónimos portugueses e, simultaneamente, timorenses herdados ao longo de séculos? Pelos dados analisados e descritos, acredita-se que os nomes das pessoas, contrariamente aos topónimos timorenses, são uma marca resistente da influência da língua e da cultura portuguesas que persistirá. Perdurará, se, nas famílias, as crianças continuarem a receber nomes de influência portuguesa, valorizando a comunidade timorense, em especial nos centros urbanos, o seu passado linguístico-cultural e a sua história.</p> Helena Rebelo Copyright (c) 2024 Helena Rebelo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-31 2023-12-31 40 10 25 10.24261/2183-816x0140 A visibilidade da língua portuguesa no cenário da política linguística de Timor-Leste https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/937 <p>Timor-Leste é um país que reúne uma ampla diversidade linguística, com duas línguas oficiais (português e tétum) e duas de trabalho (inglês e <em>bahasa</em> indonésio), além de diversificadas línguas nacionais. Partindo disso, este trabalho objetiva refletir sobre o atual quadro linguístico timorense e a visibilidade linguístico-identitária da língua portuguesa, considerando as línguas utilizadas no país. Para tanto, buscaram-se subsídios na pesquisa bibliográfica, de modo que se pudessem sustentar os argumentos levantados, a exemplo da presença de diferentes línguas no território, oficiais e de trabalho, mas que não inibem a presença do português em Timor-Leste. Para isso, utilizam-se como referenciais teóricos obras de Albuquerque (2011), Brito (2013), Henriques (2021) e Paulino (2022), dentre outras. Como resultados obtidos, observa-se que a língua portuguesa vem ocupando visibilidade linguística não apenas dentro do território timorense e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mas mundial, favorecendo, em tese, o reconhecimento da nação timorense, mesmo que de forma lenta. Além disso, o inglês e a língua indonésia se destacam em Timor devido à grande quantidade de estrangeiros oriundos de países que manejam esses idiomas.</p> Thiago Soares de Oliveira Leiliane Rezende da Silva Silveira Copyright (c) 2024 Thiago Soares de OLIVEIRA, Leiliane Rezende da Silva Silveira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 26 42 10.24261/2183-816x0240 Políticas linguísticas e políticas de formação de professores em Timor-Leste https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/930 <p>Num contexto de reconstrução do sistema educativo, como aquele que vem caracterizando a situação em Timor-Leste, a Formação de Professores do Ensino Básico em Exercício defronta-se com o problema do recrutamento dos professores de todos os níveis do ensino definido por critérios rigorosos conforme a Lei de Bases da Educação. Por essa razão, o investimento maior do Estado tem sido na formação de professores que já estão no sistema. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar os processos e negociações para a mudança das Políticas de Formação de Professores do Ensino Básico em Exercício, mais especificamente do Curso de Bacharelato dos Professores em Regime de Contrato, do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico, em todos os municípios de Timor-Leste. A abordagem de pesquisa utilizada é a qualitativa-descritiva e usa como fonte de dados entrevistas com os gestores nacionais destas políticas de formação. A análise das entrevistas mostra que a iniciativa de criação e responsabilidade de gestão de um novo programa foi do Ministério da Educação, Juventude e Desporto, porém, o INFORDEPE e a UNTL estiveram envolvidos em todas as fases de discussão. Este programa foi elaborado para resolver uma situação criada no período de emergência – a contratação de professores voluntários sem formação inicial. Concluímos que o período alongado e a intensa disposição de encontros e conversas entre os gestores das instituições demonstram que o programa foi de fato pensado e planejado, diferente de ações emergenciais realizadas anteriormente. Porém, o modelo e o objetivo principal da formação não diferem realmente das políticas anteriores.</p> Karin Noemi Rühle Indart Marcelo Caetano de Sousa Copyright (c) 2023 Karin Noemi Rühle Indart, Marcelo Caetano de Sousa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 43 61 10.24261/2183-816x0340 Reflexões sobre a formação de língua portuguesa a professores timorenses https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/938 <p>Com o objetivo de pensar a presença e o ensino-aprendizagem da língua portuguesa em Timor-Leste, neste artigo foi tomado como objeto de estudo o caso de quatro turmas de formação de professores em língua portuguesa (nível B1) em Timor-Leste, cuja formação se insere no Projeto PRO-Português (cooperação de Portugal, Camões, I.P., e Timor-Leste, INFORDEPE). Partindo de uma recolha de inquéritos e de observação pessoal, serão apresentados alguns desafios e motivações para o nosso trabalho, a perspetiva dos próprios formandos/professores sobre a sua aprendizagem e algumas reflexões sobre este contexto tão especial em que o português é língua oficial, mas não materna.</p> Inês Silva de Almeida Maria João Pereira Copyright (c) 2023 Inês Silva de Almeida, Maria João Pereira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 62 75 10.24261/2183-816x0440 A educação infantil em Timor-Leste: um olhar necessário para a base https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/926 <p>Este artigo tem como objetivo investigar a educação infantil em Timor-Leste, em seus distintos períodos históricos, tendo em vista que Timor é um país relativamente jovem e há uma lacuna na construção de conhecimento e produção acadêmica em pesquisas sobre a história da educação de modo geral – em especial a infantil. Consideramos a hipótese de que voltar o olhar para a história é um caminho para entender e enfrentar mais assertivamente os desafios para construção de saberes no campo da educação em Timor e sua incessante luta em busca de superação do domínio e exclusão social. A metodologia utilizada neste trabalho é de natureza qualitativa, percorrendo os caminhos da história e da pesquisa bibliográfica. As referências foram diversas para abarcar os diferentes períodos e administrações vivenciados pela nação.</p> Suzi Alves Montiel Copyright (c) 2024 suzi Alves Montiel https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 76 91 10.24261/2183-816x0540 Memória, hibridismo e subalternidade em "O plantador de abóboras" de Luís Cardoso https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/924 <p>O romance <em>O plantador de abóboras</em>, de Luís Cardoso, apresenta-se como um extenso monólogo em prosa poética em que a narradora e protagonista entrelaça as suas vivências com as dos seus antepassados. A partir do testemunho ficcional, assiste-se à revisitação de um século de história de Timor-Leste e a uma textualização da mulher timorense, ambas marcadas pela violência dos ocupantes, dos resistentes e daqueles que exercem o poder. Ao eleger uma voz feminina, o escritor eleva a mulher do seu estatuto subalterno, tornando audível uma voz habitualmente silenciada por uma sociedade que tem perpetuado a sua invisibilidade. Com o presente artigo, propomo-nos abrir um espaço de reflexão em torno do lugar da memória na (re)escrita da história, dos conceitos de <em>fronteira</em> e de <em>hibridez</em> e das relações de género, à luz do pensamento pós-colonial, dos estudos culturais e dos estudos subalternos. O desenvolvimento da nossa análise tem como suporte os trabalhos de autores como Edward Said, Homi Bhabha e Gayatri Spivak.</p> Susete Albino Copyright (c) 2024 Susete da Conceição Costa Albino https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 92 103 10.24261/2183-816x0640 Uma achega à poesia de Vicente Paulino: Alma guerreira timorense, poesias https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/928 <p>Neste artigo, analisamos cinco poemas de teor engajado de Vicente Paulino, constantes do livro <em>Alma guerreira timorense, poesias</em>, de 2021. O objetivo central é destacar o papel do poeta no fortalecimento da identidade nacional de Timor-Leste. Em um momento em que o Ocidente enfrenta as crises do capitalismo global (Castells, 2018) e lida com a ideia de identidades frágeis (Bauman, 2005), trabalhamos com a hipótese de que a linguagem poética, ao reflexionar os contextos sociais, políticos e históricos, serve de reforço para a preservação da memória coletiva, conceito discutido por autores como Candau (2018), contribuindo, no caso de Timor-Leste, para a renovação dos paradigmas identitários, em especial, para as gerações que cresceram após a independência do país. Baseado em estudo de caso e em pesquisa bibliográfica, demonstramos como a poesia em Timor-Leste, inclusive escrita em língua portuguesa – língua de resistência –, tornou-se uma importante ferramenta para preservar a cultura e a identidade timorenses.</p> Alleid Ribeiro Machado Copyright (c) 2023 Alleid Ribeiro Machado https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 104 121 10.24261/2183-816x0740 Um lagarto de Timor ou a poesia fraterna de Leonel Neves https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/939 <p>Embora Leonel Neves seja sobretudo associado a obras para infância, ele é igualmente autor de um conjunto assinalável de livros de poesia. A atenção ao mundo, ao outro e à poesia são características da sua poética particularmente visíveis nas obras de maturidade, como <em>Memória de Timor-Leste</em>, embora estejam presentes ao longo do seu percurso literário. Este artigo estuda a poesia de Leonel Neves, ocupando-se das referidas características, da coerência da poética e do caso particular do memorial timorense.</p> João Minhoto Marques Copyright (c) 2023 João Minhoto Marques https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 122 131 10.24261/2183-816x0840 A tradição oral Timorense (re)construída pelo literário: uma análise proppiana do conto “Lakuwatu e o rei dos morcegos”, de Geraldo Costa https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/929 <p>O presente estudo tem como objetivo analisar o conto “Lakuwatu e o rei dos morcegos”, do escritor brasileiro Geraldo Costa, publicado pela Editora FTD, na <em>coletânea A ilha do crocodilo: contos e lendas do Timor-Leste</em> (2012), ilustrada por Maurício Negro, tendo como premissa a elucidação da tradição oral timorense reconstruída pelo literário, com base nos postulados do folclorista e estruturalista russo Vladimir Propp em <em>Morfologia do conto maravilhoso</em> (2001), bem como no estudo de Vicente Paulino (2017) acerca da representação identitária timorense a partir de suas lendas e contos transmitidos oralmente ao longo do tempos.</p> Janaina Santos Silva Soggia Copyright (c) 2024 Janaina Santos Silva Soggia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 132 144 10.24261/2183-816x0940 As cantigas em tétum terik: um género a descobrir https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/891 <p>Neste artigo são estudados textos orais produzidos em tétum terik, ou seja, o tétum vernáculo que conserva a pureza original; genuíno, sem estrangeirismos; o tétum clássico ou tradicional, considerado um modelo literário utilizado pelos anciãos nos seus contatos cotidianos, principalmente nas suas cerimônias culturais tradicionais que gradativamente tendem cair em desuso. As expressões recolhidas nesses textos orais referem-se a diferentes contextos e situações familiares ou sociais e são matérias basilares à compreensão da literatura em seu tríplice aspecto: o social, o histórico e o estético. O estudo desses textos orais permite um aprofundamento da compreensão da comunhão de língua e cultura, apontando como a leitura e a interpretação críticas dos textos literários significam uma capacidade de desvendamento das identidades plurais dos sujeitos em espaços plurilinguísticos. O exame dos textos pertencentes à tradição oral resgata, primeiramente, a figura dos anciãos, enquanto detentores das <em>cantigas</em>, <em>hamulac/k</em>, do ato de rezar, orar, fazer oração, <em>dadolin/dadôulic</em>, <em>malakar</em> e da poesia de quatro a cinco versos constituídos essencialmente por dísticos. Nas análises aqui apresentadas revelam-se diálogos, nos planos de conteúdo e de expressão, com sátiras e cantigas de escárnio e maldizer, presentes na lírica trovadoresca portuguesa, revelando, ao mesmo tempo, aspectos sociais e culturais que asseguram a singularidade das tradições timorenses.</p> Fernanda de Fátima Sarmento Ximenes Ana Lucia Trevisan Copyright (c) 2024 Ana Lucia Trevisan, Fernanda de Fátima Sarmento Ximenes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 145 155 10.24261/2183-816x1040 A paisagem linguística como fonte de pesquisa em políticas linguísticas – mirar o olhar https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/933 <p>Neste artigo proponho um debate, a partir da noção de paisagem linguística (Landry; Bourhis, 1997), sobre políticas linguísticas em contextos multilíngues como Timor-Leste. A partir de um artefato comumente considerado banal, mas atenta ao que ele enuncia (Hodder, 2012), expando esse olhar para o cenário macro, por meio de uma conexão com a realidade sociolinguística da região e um debate em torno. Sugiro que a compreensão das políticas linguísticas urge um debate interdisciplinar, que repense a categorização de “problema a ser solucionado” e considere em suas formulações a rica diversidade da prática social local.</p> Christiane da Silva Dias Copyright (c) 2024 Christiane da Silva Dias https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 156 165 10.24261/2183-816x1140 Contribuição para um roteiro da imprensa periódica de Timor-Leste (1900-2002) https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/934 <p>Este texto é uma contribuição para um roteiro da imprensa periódica em Timor-Leste entre 1900 e 2002. São cento e dois anos de cronologia do país marcados pela emergência de uma imprensa periódica tardia, esporádica e fortemente marcada pela presença de um número restrito de atores sociais. O objetivo deste trabalho exploratório é disseminar o saber sobre esta matéria e permitir um melhor conhecimento e reflexão sobre o papel e função da imprensa periódica nos diversos tempos da história de Timor-Leste.</p> Vicente Paulino Lúcio Sousa Copyright (c) 2024 Vicente Paulino , Lúcio Sousa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 166 183 10.24261/2183-816x1240 A história de um calcanhar angolano entre Luanda e Lisboa https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/870 <p>Os deslocamentos pelas fronteiras identitárias impostas na modernidade ocidental configuram as principais questões da contemporaneidade, sejam essas fronteiras as de nacionalidade, de raça, de gênero ou de eficiência e capacidade. Nesse sentido, o romance<em> Luanda, Lisboa, Paraíso</em>, publicado em 2018 pela escritora angolana/portuguesa Djaimilia Pereira de Almeida, é bastante elucidativo. Os personagens Cartola e Aquiles migram de Angola para Portugal em razão de uma má-formação no calcanhar do último. Assim, o corpo negro e com deficiência desafia a corponormatividade moderna, tornando--se indesejado na ex-metrópole, e por isso vítima de racismo e capacitismo. Amparado teoricamente nos estudos da deficiência e nos estudos pós-coloniais, este trabalho se propõe a analisar o corpo do personagem Aquiles em seu deslocamento, entendendo este como de fundamental importância para a compreensão das condições de mobilidade e imobilidade imposta aos sujeitos colonizados.</p> Gustavo Henrique Rückert Copyright (c) 2024 Gustavo Henrique Rückert https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 184 192 10.24261/2183-816x1340 Mia Couto: entre a cidade e o exílio, em Jesusalém https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/879 <p>A leitura desdobra, no romance <em>Jesusalém</em> – de Mia Couto – não apenas os pressupostos do seu título, mas também os dos títulos das suas versões brasileira e inglesa. Parte, quer da ambivalente significação do advérbio “além” – ali associado ao nome de “Jesus” – quer do jogo paronomástico com “Jerusalém” – cidade ética, política e religiosamente pensada por Emmanuel Lévinas, em <em>Au-delà du verset</em>. Sublinha, assim, o que o “além” implica, de uma certa crítica do cristianismo e acompanha, na personagem de Silvestre Vitalício, quer o processo do seu exílio da cidade e da sua loucura, quer a sua melancólica sobrevivência à morte de sua esposa, Dona Dordalma. Na escrita de Mwanito – autor ficcional do romance – observa a sua compatibilidade, quer com o conceito desconstrutivo de “escrita em geral”, de Jacques Derrida, quer com o conceito de <em>imagem</em>, segundo E. Lévinas, ambos a suporem uma <em>obliteração</em> do “ser” como presença plena.</p> Jose Paulo Pereira Copyright (c) 2024 Jose Paulo de Lemos e Melo Cruz Pereira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 193 219 10.24261/2183-816x1440 “Conta-me a tua tristeza”: mulheres e violência no romanceiro português https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/915 <p>O tema deste estudo é a violência contra mulheres retratada em romances tradicionais portugueses. A estrutura de baladas ou romances inclui fórmulas, motivos e temas derivados das culturas oral e escrita, antiga e moderna. Como tendência geral, romances incorporam fragmentos de épicos, contos de fadas, acalantos, canções e outras expressões narrativas em prosa e verso, além de experiências, linguagens, ideologias e práticas do cotidiano. Considerando romances repositórios de memórias culturais, históricas e sociais o propósito deste artigo é analisar alusões à violência contra mulheres em certos romances. O objetivo é examinar como essas baladas retratam tópicos como abuso físico e emocional. Esta análise comparativa e interdisciplinar baseia-se em obras de Leite de Vasconcellos (1886); Câmara Cascudo (1984; 1986; 2005); Manuel da Costa Fontes (1994; 2004); Casey Dué (2006); John Haines (2010); Ruth Finnegan (2017); Rafaelle Milani (2022); e Malyn Newitt (2023), dentre outros.</p> Maria Alice Ribeiro Gabriel Copyright (c) 2024 Maria Alice Ribeiro Gabriel https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 220 239 10.24261/2183-816x1540 Expediente https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/954 Editor Veredas AIL Copyright (c) 2024 Editor Veredas AIL https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-28 2023-12-28 40 1 4