A imobilidade histórica em Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos
Veredas 38
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Palavras-chave

Graciliano Ramos
Memórias do cárcere
história

Como Citar

PADUANELLI GALENI, L. A. A imobilidade histórica em Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 38, p. 64–83, 2023. DOI: 10.24261/2183-816x0538. Disponível em: https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/854. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

Em Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, ao fundir o mundo psicológico e social, o autor constrói a interpretação do Brasil como um outro, refletindo sobre as contradições dos anos 1930, época marcada por transformações de intuito modernizador, mas que permanecia quase imobilizado historicamente. A interpretação de Ramos acontece em duas direções. Primeiro o da construção da memória reiterada, fruto do aprisionamento do corpo, gerando repetições de pensamentos, confusão mental e perda da orientação do tempo. Segundo, a transferência do sentimento de confusão e desorientação para as reflexões do mundo fora da cadeia: justiça que não funciona, reputações aniquiladas devido ao estado fascista que se forma. O resultado da experiência do cárcere, e das reflexões sobre o Brasil é de que o governo Vargas manteve o país semelhante ao que destruía.

https://doi.org/10.24261/2183-816x0538
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Copyright (c) 2023 Luís Alfredo Paduanelli Galeni