Entre ficção, há história: uma leitura de Carta à Rainha Louca, de Maria Valéria Rezende
Capa Veredas 37
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Palavras-chave

literatura
história
feminismo
Maria Valéria Rezende
Paulo Freire

Como Citar

AGAZZI, G. L.; FERNANDES, R. C. G. Entre ficção, há história: uma leitura de Carta à Rainha Louca, de Maria Valéria Rezende. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 37, p. 41–50, 2022. DOI: 10.24261/2183-816x0337. Disponível em: https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/832. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Inspirada pela descoberta de algumas correspondências no arquivo de Lisboa, nas quais se lêem a defesa de uma mulher brasileira perante a Inquisição portuguesa, Maria Valéria Rezende publica, em 2019, Carta à Rainha Louca. No romance, a narradora, Isabel, luta para sobreviver à ação violenta dos colonizadores contra mulheres, negros e desfavorecidos, tecendo uma profunda análise das relações sociais estabelecidas no Brasil do século XVIII. A partir da reflexão sobre como a leitura e a escrita formam o esteio da luta feminista contra o patriarcado, que fincou raízes nas terras brasileiras com a chegada dos portugueses, o artigo pretende analisar as relações entre literatura e história, segundo o profícuo diálogo que esta Carta estabelece com alguns temas caros da obra do educador Paulo Freire.

https://doi.org/10.24261/2183-816x0337
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