Resumo
Este artigo pretende demonstrar como a obra do escritor Ronaldo Correia de Brito tem colocado insistentemente em xeque as delicadas fronteiras entre sertão e cidade; localismo e cosmopolitismo; fixidez e mobilidade; tradição e modernidade. Nos contos de "Faca", "Livro dos homens" e "Retratos imorais" ou no romance Galileia, os discursos sobre o sertão nordestino, ambiente privilegiado da ficção do autor, são tensionados ao limite, apontando quase sempre para temporalidades que ora se antagonizam, ora se superpõem. A análise desses confrontos se baseia, em especial, em questionamentos conceituais apontados por Antonio Candido (1987), Ligia Chiappini (1995) e Durval Muniz de Albuquerque Júnior (2011) acerca das representações do sertão na prosa brasileira.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2019 Analice de Oliveira Martins