Resumo
Já é um lugar comum constatar que a "nona arte" da narrativa gráfica, da história em quadrinhos ou da banda desenhada vem ganhando cada vez mais em visibilidade e prestígio, vivendo sucesso comercial nas mais variadas áreas e camadas sociais, exercendo uma crescente influência e significância cultural — nos termos de subcultura e cultura popular e também de cultura erudita —, entrando em cânones literários, icônicos e cinematográficos, inclusive estabelecendo e revisando cânones próprios, diferenciando-se internamente em subgêneros e projetos transversais.
Os textos escolhidos para este dossiê apresentam um panorama, inevitavelmente incompleto e seletivo, mas amplo e representativo das dinâmicas das HQ brasileiras atuais na sua profundidade e especificidade históricas, enfocando aspectos da sua produção e circulação, da sua recepção nacional e internacional, e da sua transposição ou adaptação entre diferentes mídias, suportes e contextos culturais. É a partir da análise concreta dessas bases materiais das obras e dos discursos ligados a elas que fica visível a riqueza e força da produção de HQs no Brasil, que vem se consolidando no campo nacional e vai ganhando cada vez mais visibilidade, importância e respeito no palco internacional.
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