"Cadeia sem comida é dinamite com pavio aceso, doutor": táticas de sobrevivência em Estação Carandiru, de Drauzio Varella
Veredas 38
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Palavras-chave

sistema carcerário, Carandiru, alimentação, gambiarra, recorte, fogareiro, Maria-Louca.

Como Citar

USZYNSKI, S.; SEDLMAYER, S. "Cadeia sem comida é dinamite com pavio aceso, doutor": táticas de sobrevivência em Estação Carandiru, de Drauzio Varella. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 38, p. 102–113, 2023. DOI: 10.24261/2183-816x0738. Disponível em: https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/798. Acesso em: 7 out. 2024.

Resumo

A pesquisa aqui abordada parte da obra Estação Carandiru, de Drauzio Varella e busca analisar as táticas elaboradas pelos detentos da Casa de Detenção de São Paulo, considerada, até então, a maior penitenciária do país, o Carandiru, com o objetivo de localizar estratégias de sobrevivência diante da falta e da escassez das suas vidas em cárcere. Perpassando por questões que envolvem o conceito de gambiarra, discorreremos sobre algumas das táticas relacionadas ao campo da alimentação, como o fogareiro, o recorte e a Maria-Louca. A hipótese que se desenha é a de que há um intenso vínculo entre a gambiarra e a sobrevivência no contexto penitenciário, e a Maria-Louca, funciona como um modus operandi, na tentativa, muitas vezes eficaz, de subverter as adversidades vividas pelo sujeito carcerário.

https://doi.org/10.24261/2183-816x0738
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Copyright (c) 2023 Sarah Uszynski, Sabrina Sedlmayer