Resumo
Este artigo propõe algumas reflexões sobre o romance contemporâneo, chamando atenção para o fato de o mesmo replicar o contexto pós-moderno em que emerge no modo como representa identidades e elementos estruturais fragmentados. Isso implica dizer que as formas épicas que ilustraram por muito tempo o ato de narrar tiveram que se adequar à instabilidade do tempo, por meio de narradores híbridos, não confiáveis, de onisciência seletiva e/ou relativizada, fluxo de consciência, fragmentação espacial, estrutural e temporal, entre outras características do romance contemporâneo que, não raras vezes, impõe dificuldades às classificações tradicionais. Assim, sob a luz das ponderações de teóricos e pesquisadores como Adorno (2003), Rosenfeld (1973), Bauman (2001), Hall (2011) entre outros, nosso intuito é problematizar essas questões tomando como \textit{corpus} principal de análise os romances Rakushisha (2007) e Hanói (2013), de Adriana Lisboa.
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