Autonomy, post-autonomy and civil responsibility in contemporary prose: the case of Ricardo Lísias
PDF (Português (Brasil))

Keywords

autonomy
post-autonomy
art
politics
responsibility

How to Cite

GRACIANO, I. X. Autonomy, post-autonomy and civil responsibility in contemporary prose: the case of Ricardo Lísias. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 32, p. 112–126, 2021. DOI: 10.24261/2183-816x0832. Disponível em: https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/673. Acesso em: 11 nov. 2025.

Abstract

In modern times, art has become a field of autonomous discourse that indirectly affects the social reality from which it feeds, without ever being confused with it. That is why literary expression was usually legitimized as the other in the pamphlet, because whoever speaks in the work is never the author, just as the universe of fiction never reproduces the social reality. However, a certain borderline contemporary prose that challenges the notion of autonomy, together with the theoretical debate about what is called "post-autonomy" (Ludmer, 2007) or an "ambiguous pact" (Alberca, 2007), has called into question this place of art as a field of experimentation apart from so-called real life, in order to more directly implicate author and narrator, reality and fiction, which seems to put the notion of free creation and civil responsibility for the work in another context. In the discussion, we will reference the novel Divórcio (2013) and the narrative Delegado Tobias (2014), both by Ricardo Lísias. Our purpose is to speculate whether, in this investment in ambiguity, there is a new discursive strategy capable of replacing the modern paradigm of autonomy or whether it just reiterates it.

https://doi.org/10.24261/2183-816x0832
PDF (Português (Brasil))

References

Achugar, Hugo. O outro: vínculos e desvínculos. In: Planetas sem boca: escritos efêmeros sobre arte, cultura e literatura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

Alberca, Manuel. El pacto ambiguo: de la novela biografica a la autoficción. Madrid: Editorial Biblioteca Nueva, 2007.

Bourdieu, Pierre. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983.

Canclini, Néstor García. A Sociedade sem relato: antropologia e estética da iminência. Tradução de Maria Paula Gurgel Ribeiro. São Paulo: Ed. USP, 2012.

Lima, Luiz Costa. Mímesis: desafio ao pensamento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

Faedrich, Anna Martins. Autoficção: do conceito teórico à prática na literatura brasileira contemporânea. 2014. Tese (Doutorado em Teoria da Literatura) – Faculdade de Letras, PUCRS, Porto Alegre, 2014. Disponível em: http://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/5746. Acesso em: 28 dez. 2019.

Flaubert, Gustave. "O fanatismo da arte" In: Uma ideia moderna de literatura: textos seminais para os estudos literários (1688-1922). Roberto Acízelo de Souza (Org.). Chapecó, SC: Argos, 2011.

Graciano, Igor. Da representação ficcional à textualidade coextensiva: o caso de Machado, de Silviano Santiago. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, n. 62, p. 65-75, jan./jun. 2019. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/estudos/article/view/28339/19093. Acesso em: 28 dez. 2019.

Groys, Boris. Volverse público: las transformaciones del arte en el ágora contemporánea. Tradução de Paola Cortés Rocca. Buenos Aires: Caja Negra, 2014.

Laddaga, Reinaldo. Espetáculos de realidad. Buenos Aires: Beatriz Viterbo Editora, 2007.

Lejeune, Philipe. O pacto autobiográfico: de Rousseau à internet. Tradução de Jovita Maria Gerhein e Maria Inês Coimbra. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

Lísias, Ricardo. Divórcio. São Paulo: Alfaguara, 2013.

Lísias, Ricardo. Delegado Tobias (e-book), v 1, 2, 3, 4, 5. São Paulo: E-Galáxia, 2014.

Lísias, Ricardo. Inquérito Policial: Família Tobias. Disponível em: http://lote42.com.br/inqueritopolicial/. Acesso em: 23 jun. 2019.

Ludmer, Josefina. Literaturas postautónomas. Linkillo (cosas mias). [blog]. 18 dez. 2006. Disponível em: http://linkillo.blogspot.com/2006/12/dicen-que_18.html. Acesso em: 23 jun. 2019.

Ludmer, Josefina. Literaturas postautónomas. Ciberletras, n. 17, p. 236-244, jul. 2007. Disponível em: http://www.lehman.cuny.edu/ciberletras/documents/ISSUE17.pdf. Acesso em: 23 jun. 2019.

Muller, Andréa Correa Paraiso. O romance no tribunal: o caso Madame Bovary. Non plus. São Paulo, v. 6, n. 12, p. 54-70, 31 dez. 2017. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/nonplus/article/view/132389. Acesso em: 23 jun. 2019.

Ortega y Gasset, José. A desumanização da arte. Tradução de Ricardo Araújo. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

Rancière, Jacques. Será que a arte resiste a alguma coisa? In: Lins, Daniel (org.). Nietzsche e Deleuze: arte e resistência. Rio de Janeiro: Forense, 2007. p. 126-140.

Todorov, Tzvedan. A literatura em perigo. Tradução de Caio Meira. 3 ed. Rio de Janeiro: Difel, 2010.

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Igor Ximenes Graciano