Ficção como crítica: notas sobre o exercício crítico-teórico no romance brasileiro recente
PDF

Palavras-chave

ficção
crítica
romance contemporâneo

Como Citar

GRACIANO, I. X. Ficção como crítica: notas sobre o exercício crítico-teórico no romance brasileiro recente. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 29, p. 5–19, 2019. DOI: 10.24261/2183-816x0129. Disponível em: https://revistaveredas.org/index.php/ver/article/view/532. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Pretendemos, neste artigo, fazer alguns apontamentos a respeito do exercício da crítica em romances brasileiros recentes com o fim de investigar como se dá o trabalho crítico em um âmbito que, a princípio, não lhe é propício, dado o distanciamento normalmente desejado entre narrador ficcional e autor empírico. Trata-se, portanto, de investigar o duplo caráter dessas narrativas, que são objetos acabados, no sentido estático (e estético) de "obra", e afirmação de uma assinatura, no sentido dinâmico (e crítico) de peças retóricas imbuídas de marcar ou defender um lugar no atual campo literário brasileiro.

https://doi.org/10.24261/2183-816x0129
PDF

Referências

Alberca, Manuel. El pacto ambiguo. De la novela biográfica a la autoficción. Madrid: Biblioteca Nueva, 2007.

Bakhtin, Mikhail. Epos e romance (sobre a metodologia do estudo do romance) In: Bakhtin, Mikhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 2010.

Bornhein, Gerd. As dimensões da crítica. In: Martins, Maria Helena (Org.). Rumos da crítica. 2. ed. São Paulo: Senac; Itaú Cultural, 2007.

Bourdieu, Pierre. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. Tradução de Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

Dalcastagnè, Regina. A personagem no romance brasileiro contemporâneo. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 26, p. 13-71, 2005.

Fux, Jacques. Antiterapias. Belo Horizonte: Scriptum, 2014.

Graciano, Igor Ximenes. O sujeito-escritor e as transformações no campo literário: o caso Cristovão Tezza. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 43, p. 277-291, 2014. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/10774

Lejeune. Philipe. O pacto autobiográfico. Organização de Jovita Maria Gerheim Noronha; Tradução de Jovita Maria Gerhein, Maria Inês Coimbra. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2008.

Lima, Luiz. Sociedade e discurso ficcional. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

Lísias, Ricardo. Divórcio. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Ludmer, Josefina. Literaturas postautónomas. Ciberletras, New York, n. 17, 2007. On-line. Disponível em: http://www.lehman.cuny.edu/ciberletras/v17.html

Maingueneau, Dominique. Pragmática para o discurso literário. São Paulo: Contexto, 1996.

Mello, Maria Elizabeth Chaves de. Lições de crítica: conceitos europeus, crítica literária e literatura crítica no Brasil do século XIX. Niterói: Eduff, 1997.

Piglia, Ricardo. La lectura da la ficción. In: Piglia, Ricardo. Crítica e ficción. Barcelona: Anagrama, 2006.

Sant'anna, Sérgio. Um crime delicado. Companhia das Letras: São Paulo, 1997.

Stevenson, Robert Louis. O médico e o monstro: o estranho caso de dr. Jekill e sr. Hyde. Tradução de Jorio Dauster. Prefácio de Luiz Alfredo Garcia-Roza; introdução e notas de Robert Mighall. São Paulo: Penguin Classics; Companhia das Letras, 2015.

Tezza, Cristovão. O filho eterno. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.

Updike, John. Prefácio In: Updike, John. Bem perto da costa. Tradução de Carlos Afonso Malferrari. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, n. 29, p. 5–19, jan./jun. 2018

Wellek, René. Termo e conceito de crítica literária. In: Wellek, René. Conceitos de crítica. Tradução de Oscar Mendes. São Paulo: Cultrix, 1970. p. 29-41.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2019 Igor Ximenes Graciano