n. 39 (2023): A Literatura e seus afetos
A Literatura e seus afetos

O marco inicial da teoria dos afetos remonta aos estudos do filósofo Baruch Spinoza (1632-1677), que  cita  e  define  os  vários  afetos  –  Amor,  Ódio,  Admiração,  Desprezo,  Grata  Surpresa,  Decepção,  Compaixão, Esperança, Temor –, sendo todos estes originados do Desejo, da Alegria ou da Tristeza.
No final da terceira parte do livro Ética, encontramos a definição geral do afeto, considerado uma ideia “[...] pela qual a mente afirma a força de existir [...]” (Spinoza, 2009, p. 151).O tratado de Spinoza vem sendo revisitado por pensadores de diferentes vertentes. Gilles Deleuze é um desses, e, em sua interpretação, afeto denomina o modo de pensar não representativo, variação contínua da força  de  existir,  distinguindo-se  da  ideia,  modo  de  pensamento  que  sempre  representa  algo. Deleuze e Guattari aprofundam a discussão no campo da Arte, terreno propício para mobilizar os sujeitos, sejam eles produtores ou receptores, e consequentemente gerar e expressar afetos (Deleuze; Guattari, 1991).

Editorial

Vera Lúcia Cardoso Medeiros, Frederico Garcia Fernandes
3-5
Sobre afetos e afetividades
https://doi.org/10.24261/2183-816x0039
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Entrevista

Elias J. Torres Feijó , Vera Lúcia Cardoso Medeiros, Frederico Garcia Fernandes
8-13
Uma conversa sobre formas de afetividades
https://doi.org/10.24261/2183-816x0139
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